terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Jornada Para Me Reencontrar III: ações, amor e viver de verdade

A parte final da minha trilogia é a mais importante. Apesar dessas crônicas terem sido escritas de maneira pessoal, acredito que elas podem ajudar diversas pessoas a refletir sobre si mesmas e sobre suas vidas. E é por isso que escrevo. A troca de experiências é fundamental. Entretanto, esta última crônica será mais poética pois o amor verdadeiro me inspira a ser o melhor de mim, inclusive nas palavras.

  Amar de verdade é ter saudade. Aquela saudade que dói, sabe? Mas, no fundo, não é algo ruim. Ter saudade é bom. É ter aquele afago no coração quando pensa na pessoa amada. É se sentir animado pois poderá estar ao seu lado sempre. Por muito tempo na vida eu acreditei que amava. Mas hoje eu sei que amar é algo inexplicável. Não é o que todo mundo diz e muito menos o que a maioria faz. Digo “fazer”, pois amor é feito de ações.  É mostrar em pequenos detalhes que você está ali pela pessoa o tempo todo, para todas as coisas.

  Amar de verdade é se sentir completo. É descobrir que você é apenas metade. E que você precisa daquela pessoa que ama para ser 100%. É ser unidade. É falar com os olhares e se conectar profundamente com um abraço apertado. É sorrir. Sorrir o tempo todo. Amar é preocupação também. É sempre pensar se a pessoa amada está bem e feliz. E tentar, de todas as maneiras, fazê-la feliz.

  Amar é ser feliz por fazer feliz. E ser a pessoa mais feliz do mundo por saber que aquela pessoa amada está feliz por sua causa. É ter dificuldade para se separar, mesmo que por pouco tempo... aquela vontade de sempre estar junto que nunca muda, né? Amar é ser o melhor amigo da pessoa amada. Estar ali nos piores e melhores momentos e ter certeza de que é capaz disso.

  Amar é aquecer seu coração com carinho e arder sua alma de paixão com um contato maior. É querer dormir abraçado e beijar intensamente. É querer dançar sem música embalado pelo seu melhor sentimento. É caminhar de mãos dadas e se sentir acolhido por ter o seu amor por perto.

  Amar é inexplicável. É sentir-se pleno e vivo, todos os dias. É ver seus sonhos realizados. É ter o estímulo para ser o melhor de si mesmo.  É descobrir que você já se apaixonou e gostou muito mas nunca amou de verdade antes.

  Amar é descontruir para reconstruir. É ter coragem de superar os seus limites e lutar para ser feliz. Amar é não ter vergonha de ser a pessoa mais feliz do mundo. Amar é ter a maior riqueza do mundo por menos dinheiro que você tenha.

Amar é se reencontrar mesmo vivendo num mundo injusto e caótico.
Amar é difícil de explicar mas tão bom de sentir.
Amar é fechar com chave de ouro a minha jornada.
Amar de verdade é renascer para a vida e estar feliz por ter a oportunidade de vivê-la com seu amor.

Amar é acordar todos os dias tendo a impressão de que está sonhando.

Amar é viver de verdade. Agora eu vivo. 

Olhar


Fazenda Lagoa, Monte Belo, MG

Jornada Para Me Reencontrar II: Multidão, diferenças e padrões

                Não há lugar melhor para relaxar do que o sul de Minas Gerais. Há anos venho coletar morcegos em Monte Belo mas cada vez é como entrar em um universo paralelo. E foi aqui, diversas vezes, que sentei e resolvi refletir sobre muitas coisas. Nada melhor que este lugar para continuar a minha jornada, certo?
                Este foi um ano cansativo. Muita coisa para fazer, muita responsabilidade para dar conta e um turbilhão de sentimentos ao longo desses quase 365 dias. E quase toda semana eu peguei a barca que liga Niterói ao Rio de Janeiro e sempre reparava nas pessoas. Algumas lendo jornal, outras na internet ou escutando música e outras apenas olhando a imensa baía na qual navegam diariamente. E em um desses dias eu me perguntei: o que essa quantidade enorme de pessoas está fazendo? O que elas significam para o mundo? O que elas andam fazendo de diferente? Será que são apenas mais alguns na multidão ou fogem aos padrões impostos pela sociedade?
                Esse conceito de “multidão” é fundamental para entender o que estou dizendo. Multidão é aquele conjunto de pessoas comuns que nada fazem de diferente. O estereótipo do cidadão padrão. Não é necessariamente ter uma rotina diferente mas sim estar imerso num pensamento de cidadão padrão. O que eu quero dizer com isto é que por mais que sua rotina seja comum, você pode pensar além. Você pode refletir sobre a sua vida e tentar mudar diversas coisas. Não acho que isto te torne automaticamente numa pessoa melhor. Você deve buscar a sua própria construção ao longo do tempo e assim se tornará uma pessoa melhor. E creio que a maior parte das pessoas estão subjugadas à vidas quase sem significado movidas mecanicamente pelas suas rotinas e até mesmo seus lazeres são iguais. Isto as tornam cidadãos padrões. E fugir a vários padrões é bom. Você pode ir além. Você pode fazer a diferença por mais que a sociedade te convença que não. Você pode!
                Mas e o que é fazer a diferença? Bom, isto depende de cada âmbito pessoal. Você pode mudar suas ações para ser melhor para as pessoas. Ou pode buscar atitudes que ajudem outras pessoas querendo apenas em troca alguns sentimentos bons que podem e devem ser trocados. Você pode criar coragem e romper barreiras que não tinha coragem. Talvez você tenha aquela vidinha mais ou menos. Você tem? O que pode fazer para maximizar seu prazer de viver? Então faça! Busque a felicidade e seja feliz. Isto o torna diferente. Não quero dizer que você deve ser completamente diferente de tudo. Não! Você pode ter uma rotina comum e mesmo assim ir além. Quer ver como é possível fazer a diferença mesmo imerso na multidão e assim escapar deste conceito? O que te faz feliz? Faça. Supere seus limites e corra em direção ao seu destino para ser feliz. Termine relacionamentos que não sejam realmente bons, arrume empregos que te deem prazer de trabalhar, mude o ambiente da sua casa para torna-la mais confortável e amigável... enfim! Há uma diversidade de ações que podem mudar seu universo, mesmo que pequenas. E sim, você pode. Você quer continuar na multidão?
                Tudo bem se quiser. De verdade, não estou julgando isso. Às vezes, para diversas pessoas, ser comum é o suficiente e isto as enche de felicidade. E se você está feliz, é isso que importa. Pessoalmente, eu sempre quero fazer a diferença em algo. Mas a minha verdade de vida não é a mesma para os outros. Eu busco a minha felicidade diariamente em ações diferenciadas. Mas isto não me faz ser necessariamente um ser humano melhor. Não existe este tipo de coisa dentro desta visão. Pois, no fim, o que importa é ser feliz. E é com isso que você deve se preocupar e ir atrás.
                Ser e fazer diferente foram coisas que me cobrei e me perguntei ao longo do ano. Este foi um ano fundamental no desenvolvimento da minha alma. Um ano de vitórias mas um ano em que tive o resultado de anos de trabalho sem parar: stress e cansaço. E eu pesei o que era mais importante. E cheguei à conclusão de que aos poucos eu estava me tornando “multidão”. E para mim isto não é sinônimo de felicidade. Logo, vou atrás da minha. Aliás, apenas por refletir sobre essas coisas eu já recuperei uma boa parte dela. Como disse anteriormente, não é problema se você é feliz na multidão mas isto não serve para mim. E por isso me perguntei: “O que estou fazendo?” e “O que eu posso fazer de diferente?”. Minha primeira ação foi romper barreiras que me faziam mal. Romper conexões falhas que não serviam para estimular o melhor uso do meu próprio ser. E aí fui atrás daqueles pontos que me faziam feliz e que eu, por ingenuidade, um dia pensei que poderiam não me fazer feliz. Mas fizeram... e muito. Por um momento me tornei mais um na multidão e preferi deixar as coisas como estavam e ter medo da mudança. Mas reencontrei minha essência e quis mudar. Mudei e não me arrependo. Fui ser feliz.
                E aprendi que ser eu mesmo sempre é o melhor. Não que eu não soubesse mas que a vida nos mostra diversas vezes coisas que preferimos não aceitar ou esquecemos temporariamente. E pensei: “ser mais um” é um estereótipo, certo? Eu não gosto de estereótipos. Não acho que devemos julgar ninguém por estar na multidão desde que estejam felizes, muitas vezes com suas próprias ilusões. A felicidade é o objetivo. E por mais que eu sempre queira estar fora da multidão, uma hora ou outra na vida nós faremos parte dela. E isto não é ruim, é apenas uma oportunidade de escolhermos aquilo que é melhor para a nossa vida e o que nos faz feliz de verdade. O “ser mais um” foi um momento temporário que serviu de estímulo para fugir de alguns padrões e encontrar minha verdadeira felicidade.

                Se você se encontra em um momento de vida que precisa tomar decisões e romper barreiras e superar limites para ser feliz... acredite, faça e seja feliz. Quebre padrões, quebre conexões que não te fazem 100% completo e supere todos os seus limites. Todos! E se você está na multidão mas está feliz, despreocupe-se! O importante é estar bem. Estar ou não na multidão não te faz um ser humano melhor e sim suas ações. Foi assim, que aos poucos, eu me reconstruí neste ano e pude ir me reencontrando. À todo o turbilhão de sentimentos e indecisões, eu sou grato. Cada parte da vida é essencial para nos desenvolvermos. Agora é viver pleno e feliz e seguir aprendendo.

sábado, 14 de dezembro de 2013

O Farol


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cinza


São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Amizade e Honra

Quem irá dizer que não podemos nos superar?
Permaneça forte e tenha fé nos amigos ao redor.
A felicidade nos pequenos atos nos unindo contra a dor.
Vem comigo, meu amigo, e resista à esse mundo sem pudor.

Medo de não sonhar?
De ficar pra trás na vida?
Não te pertence mais!
Juntos nós somos invencíveis.

Vamos lutar para não falharmos.
Nossa força vai nos honrar.

(Letra da música "União, Força e Fé" feita para a Bogotah - https://soundcloud.com/bogotah)

Olhar

É possível transmitir muito do que sua alma sente em apenas um olhar. É aquele momento em que há a entrega e que o coração se abre para admirar. Somente se encontra a felicidade verdadeira quando se olha fundo nos olhos de alguém e vê a vida transbordar de sentimentos bons.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Gratidão

Felicidade que aquece. Felicidade que não se mede. Felicidade é isso, a simplicidade na complexidade de um sentimento puro. É ser grato por sentir. Sentir-se vivo e pleno.

Magma


Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, Brasil

domingo, 1 de dezembro de 2013

Jornada Para Me Reencontrar I: Recomeçar, reconstruir e aprender

Uma das maiores perguntas que nós temos no decorrer da vida é o clichê "o que estamos fazendo aqui?". Adicionaria até o "qual é o sentido da vida?". Bom, diante da imensidão e complexidade do tempo seria irrelevante dizer qual é o nosso sentido e o que fazemos aqui. Não somos nada em relação ao tempo. Apenas um fragmento numa história absurdamente grande. Tenho minhas ideias sobre a relação do multiverso, o tempo e até mesmo extraterrestres... mas essa não é uma mensagem filosófica numa perspectiva científica. Me peguei pensando qual é o sentido da minha vida e o que eu estou fazendo aqui. Há muito tempo que eu precisava me reencontrar, talvez esse seja o início da minha jornada. Passei por muitas coisas na minha vida que me deram a oportunidade de aprender e uma das minhas características que mais sou grato ao destino é a capacidade de reflexão. Não que isso me faça um ser humano melhor, apenas diferente. Gosto de refletir sobre as coisas e parar para pensar nos rumos dessa vida. E talvez eu tenha me perdido ao longo dos últimos meses e parte da minha essência tenha sido perdida. Mas felizmente sinto que este é o momento em que reencontrei essa parte do que era. O que a rotina de stress, trabalho e falta de tempo não faz, não é? Até parar de escrever eu parei durante um tempo. E nunca tinha feito isso. Do início de 2012 até este momento minha vida mudou completamente. Produzi muitas coisas, aprendi mais, me tornei um homem melhor, tive várias vitórias importantes. Entretanto, foquei muito algumas coisas e me esqueci de mim mesmo. Do que eu queria e daquilo que mais gostava: refletir. Me tornei mais um na multidão. Não por ser pior. E não era antes, não por ser melhor. Mas apenas por que eu acedia à escola das coisas, como diria Durkeim, e pensava além. E então tomei decisões difíceis ao longo dos últimos meses. Nem todas boas, nem todas ruins. Mas importantes no processo da minha construção eterna. E sinto que a jornada para me reencontrar foi iniciada. E à isso sou muito grato. À tudo aquilo de "ruim" que aconteceu e às decisões que tomei. Tudo isso faz parte do processo. Não busco a perfeição. Mas busco a construção. E voltei a refletir para me reconstruir. O passado define seu presente e ambos definem seu futuro. E felizmente, minha jornada se inicia. Esta pode ser uma mensagem guiada por motivações pessoais mas que possui um âmbito universal. Percebi que estou aqui para aprender. E o sentido da minha vida é ser feliz. E sinto que, novamente, estou aprendendo a ser feliz. E estou feliz por aprender. E só sendo feliz mesmo é que nossos corações estão abertos para a aprendizagem.

Sinto ter deixado todas as minhas barreiras de lado, deixei todas as minhas ideias erradas para trás. Recomecei. Reconstruí. E para isso que estou aqui. Aprendi.

Hoje me sinto completo de uma maneira muito especial. Mas nossas existências não são muito pequenas perto da imensidão do tempo? Mas tempos pequenos tem muito valor. Aliás, nós é que atribuímos valor aos nossos tempos. E estes são os primeiros dias da minha vida. Da minha nova vida.

O tempo? O tempo é apenas uma dimensão. Não importa no final. Parece paradoxal, não é? Se perdemos tempo achando que somos apenas fragmentos de uma imensidão, como poderemos dar valor à pequenas coisas? Nós somos importantes e essenciais. Não pro tempo, não pra imensidão... mas para muita coisa. Para muita gente.

Estou vivo de verdade.