terça-feira, 21 de maio de 2013

Múltiplo

Sentir-se múltiplo é ter morada em qualquer lugar e ser um eterno viajante. Ter várias faces é se construir com o melhor de cada coisa do mundo, sendo sempre sincero. É poder ser um pouco de cada parte de todo, aproveitando cada sentido das infinitas possibilidades. É ser alguém melhor todos os dias. É construir-se com grandes eventos e com a monotonia diária. É ver poesia na mais simples palavra de amor. É adaptar-se e absorver o melhor da vida. É ser o eu, todo o tempo. É entregar-se completamente a si mesmo e buscar em você, você mesmo. Ser múltiplo é ter um pedaço de cada coisa da vida em você. Ser múltiplo é não ter limites.

Permita-se

Permita amar como se não houvesse amanhã. Permita se amar para que não exista limites. Não se justifique ou se esconda, caso algo realmente puro figure em sua mente. Ter vergonha de quem? Busque aquilo que te completa, sem medo de ser feliz. Permita-se para amar, ame para permitir. Permita-se rir e se conectar a outros corações. E quando você achar que tudo ganhou a monotonia, liberte-se. Permita-se recomeçar. A vitória dos corações honestos é não ter problemas em buscar um novo final partindo de qualquer começo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O que você quer ser?



domingo, 12 de maio de 2013

Uma só não faz verão


Vila Dois Rios, Rio de Janeiro, Brasil

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Suave


Praia de Dois Rios, Rio de Janeiro, Brasil

Sobre os direitos humanos


Você, que se julga racional e minimamente inteligente, leia o texto a seguir. Você que gosta de falar mal dos "direitos humanos" mas não sabe o que é ou você que acha que os "direitos humanos" são para bandidos, esse texto é para você. 

"Direitos Humanos: defensor de bandido?  

 Para responder a questão acima é importantíssimo compreender o golpe militar ocorrido no Brasil e a imagem que criaram sobre as pessoas da sociedade civil que se organizavam naquela época na defesa dos direitos humanos.

Em 1964 os militares aplicaram o golpe militar, impuseram ordens e, inspirados na Doutrina da Segurança Nacional, instalaram a ditadura. Desde o início da década de 1960 a população começou a exigir seus direitos que até então eram desrespeitados pelo Estado brasileiro. Exigiam também que o Estado respeitasse os direitos já conquistados desde o início da República.

Apesar do fim da ditadura militar, em 1985 e, do restabelecimento da democracia, a experiência da ditadura deixou marcas inesquecíveis na sociedade.

Durante o tempo em que governaram, os militares procuraram rotular negativamente todos aqueles que defendiam as pessoas ameaçadas e perseguidas ou presos políticos pelos aparelhos repressores do Estado - entre eles, lideranças sindicais, políticas, religiosas e estudantis -, dizendo que eram ''defensores de bandidos''.

Terminada a ditadura, cessaram aquelas práticas. No entanto, persistiu o rótulo sobre os que se posicionam favoravelmente aos Direitos Humanos: tais pessoas são equivocadamente confundidas como aqueles que defendem presos e bandidos.

Ainda hoje é comum vermos parte da imprensa e da sociedade se referirem às pessoas que participam de alguma entidade de Direitos Humanos como ''defensores de bandidos'', sem que o sejam de fato e de direito.
É líquido e certo que toda e qualquer pessoa que comete delitos deve ser punida, e não só o pobre ser preso e punido como acontece no Brasil. Mas toda e qualquer pessoa: rico ou pobre, senador ou deputado, ministro ou secretário, governador, prefeito ou vereador, policial ou cidadão comum, juiz ou promotor. Todos, absolutamente todos.

O que os movimentos de Direitos Humanos condenam é a prática da tortura nas prisões, método comumente utilizado pela polícia para obter confissão. Isto sim é condenável. Nenhuma tortura se justifica para obter confissão. Condenar a tortura não é defender bandidos. Quem pratica a tortura pode estar sendo mais criminoso que o próprio preso considerado bandido.

O preso, pelo fato de estar algemado, não tem como se defender, e tudo que porventura vier a falar pode pesar contra ele mesmo.

Os defensores de direitos humanos defendem as liberdades individuais; o direito à vida; a segurança; a igualdade de tratamento perante a lei; o direito de propriedade; o direito de ir e vir; o direito à saúde; a educação; a moradia; o trabalho; o lazer; os direitos trabalhistas; não sofrer qualquer tipo de tratamento cruel; não ser torturado; ser atendido e não discriminado nos hospitais. Os defensores também não defendem o criminoso, o bandido, o assaltante, o desvio de recursos públicos de qualquer natureza e por qualquer pessoa, as más administrações públicas, as mentiras...

Pode-se perceber que o preso nem aparece como prioridade dos movimentos de Direitos Humanos. É como se fosse uma gota em um copo d'água. Ele aparece quando seus direitos constitucionais de não ser torturado são violados e, mais ainda, quando a denúncia de tortura chega ao conhecimento da sociedade."

Por Clóvis Pereira (disponível em: http://www.mndh.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1500)

E aí? Será que você deu um basta na sua ignorância? Será que após esse texto você conseguiu perceber que a sua busca por vingança ou uma resposta imediata a violência em todo país não precisa crucificar os "direitos humanos"? Como espera mudar um país se você nem mesmo sabe do que está falando mal?

Você sabia que as bandeiras principais dos direitos humanos no Brasil são a violência contra crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, pessoas idosas, mortos e desaparecidos políticos, direitos de LGBT, minorias, combate a violações e combate ao trabalho escravo? Não? Então acesse o site do governo sobre isso: http://portal.sdh.gov.br/ Criticar direitos humanos é fácil mas tenho certeza que a maior parte dos que reclamam disso nem mesmo um dia entraram neste site.

Outros links que podem ajudar vocês a descobrirem o que, de fato, são os direitos humanos:

http://www.mndh.org.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos

E, por fim, a declaração universal dos direitos humanos:
http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

Tendo tudo isto em vista, agora podemos discutir sobre esta questão. Agora poderemos observar e criticar de forma realmente ética e racional. 

O que tem de errado nesse país é o comodismo da população. E isto se nota facilmente, é só observar o discurso vazio daqueles que se julgam intelectuais e críticos do sistema mas não buscam nenhum conhecimento para defender suas bandeiras. É nisso que o governo ganha, são essas pessoas que tem acesso a informação e ao conhecimento, as quais poderiam discutir e se mobilizar para melhorar a situação crítica da desigualdade social que vivemos, são exatamente essas pessoas que se transformam em apenas acomodados que não conseguem sair da sua própria zona de conforto. Mais fácil criticar aquilo que todo mundo critica sem nem mesmo saber, não é? Reflitam.

Já até vi algumas pessoas dizerem: "Esses direitos humanos tinha que ser revogados, só defendem o que não presta". Pois é. Triste, apenas isso.

Deixo dois links de textos muito interessantes para vocês lerem também. Acho que pode ser importante, principalmente para aqueles que odeiam os "direitos humanos".

http://www.cartacapital.com.br/politica/direitos-humanos-para-humanos-direitos
http://www.espn.com.br/post/325303_2014-a-copa-que-o-brasil-ja-perdeu
http://revistaforum.com.br/blog/2013/04/razoes-para-nao-reduzir-a-maioridade-penal/

Grande abraço e boas reflexões.